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Paulinho da Viola, 80 anos: Relembre carreira

♪ PAULINHO DA VIOLA 80 ANOS – Paulinho da Viola entrou na roda em 1964. Já no ano seguinte o então novato compositor carioca começou a ter músicas gravadas.

 

Se a cantora Elizeth Cardoso (1920 – 1990) deu voz ao samba Minhas madrugadas (1965), assinado pelo artista com o bamba conterrâneo Candeia (1935 – 1978), o próprio Paulinho gravou, como integrante do conjunto A voz do morro, Recado (1965) – parceria com Casquinha (1922 – 2018) – e Coração vulgar (1965).

 

De lá para cá, o compositor construiu obra alicerçada nas tradições do samba e do choro, mas com traços modernistas. Pode-se delimitar a década de 1970 como o período de auge criativo dessa obra tanto do ponto de vista da qualidade quanto da quantidade, já que o cantor lançou nada menos do que dez álbuns entre 1970 e 1979, pela gravadora Odeon, na qual editou o primeiro álbum solo em 1968.

Na sequência, Paulinho da Viola fez mais três discos na WEA e, desde então, lançou somente dois álbuns de estúdio com músicas inéditas, sendo que o último saiu em 1996, já há 26 anos.

 

Por conta do espaçamento da discografia, a produção do cancioneiro autoral do compositor ficou mais rarefeita, ainda que nunca tenha cessado. Consta que o artista já tem inclusive repertório inédito para álbum que vem sendo adiado há mais de 15 anos.

 

Mas o fato é que, em termos numéricos, a obra autoral de Paulinho da Viola resulta menor do que as de outros gênios contemporâneos e octogenários como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Milton Nascimento. No quesito qualidade, entretanto, a grandeza é a mesma.

 

Nascido em 12 de novembro de 1942, Paulo César Baptista de Faria faz hoje 80 anos e, para celebrar a data, o Blog do Mauro Ferreira lista 80 músicas que atestam a nobreza do cancioneiro autoral do artista.

 

São composições geralmente feitas de forma solitária por Paulinho, caprichoso artesão no fino alinhamento entre música e letra. Contudo, aparecem parceiros recorrentes como Elton Medeiros (1930 – 2019) – criador de melodias sublimes – e Hermínio Bello de Carvalho, hábil letrista.

♪ Eis, em ordem cronológica, 80 músicas que comprovam o refinamento de Paulinho da Viola como compositor:

 

1. Coração vulgar (1965)

 

2. Recado (com Casquinha, 1965)

 

3. Minhas madrugadas (com Candeia, 1965)

 

4. 14 anos (1966)

 

5. Jurar com lágrimas (1966)

 

6. Coisas do mundo, minha nega (1968)

 

7. Nada de novo (1968)

 

8. Samba do amor (com Elton Medeiros e Hermínio Bello de Carvalho, 1968)

 

9. Sinal fechado (1969)

 

10. Foi um rio que passou em minha vida (1969)

 

11. Para não contrariar você (1970)

 

12. Tudo se transformou (1970)

 

13. Papo furado (1970)

 

14. Não quero ver você assim (1970)

 

15. Mesmo sem alegria (1970)

 

16. Duvide-o-dó (com Hermínio Bello de Carvalho, 1970)

 

17. Para um amor no recife (1971)

 

18. O acaso não tem pressa (com José Carlos Capinan, 1971)

 

19. Perder e ganhar (1971)

 

20. Dona Santina e Seu Antenor (1971)

 

21. Sol e pedra (1971)

 

22. Moemá morenou (Com Elton Medeiros, 1971)

 

23. Num samba curto (1971)

 

24. Para ver as meninas (1971)

 

25. Abraçando Chico Soares (1971)

 

26. Guardei minha viola (1972)

 

27. No pagode do Vavá (1972)

 

28. Dança da solidão (1972)

 

29. Coração imprudente (com José Carlos Capinan, 1972)

 

30. Comprimido (1973)

31. Roendo as unhas (1973)

 

32. Choro negro (com Fernando Costa, 1973)

 

33. Argumento (1975)

 

34. Chuva (1975)

 

35. Amor à natureza (1975)

 

36. Pecado capital (1975)

 

37. Nada se perdeu (1975)

 

38. Cantando (1976)

 

39. Perdoa (1976)

 

40. O velório do Heitor (1976)

 

41. Vela no breu (com Sérgio Natureza, 1976)

 

42. Rosinha, essa menina (1976) – As flores em vida para violonista Rosinha de Valença (1941 – 2004)

 

43. Choro de memórias (1976)

 

44. Coração leviano (1977)

 

45. Sentimento perdido (Com Elton Medeiros, 1978)

 

46. Sarau para Radamés (1978) – Tributo ao pianista e maestro Radamés Gnattali (1906 – 1988)

 

47. Nos horizontes do mundo (1978)

 

48. Pode guardar as panelas (1979)

 

49. Recomeçar (com Elton Medeiros, 1979)

 

50. Amor é assim (1979)

 

51. Zumbido (1979)

 

52. Onde a dor não tem razão (com Elton Medeiros, 1981)

 

53. Coração da gente (1981)

 

54. Só o tempo (1982)

 

55. Pra fugir da saudade (com Elton Medeiros, 1982)

 

56. Brancas e pretas (Com sergio natureza, 1982)

 

57. Rumo dos ventos (1982)

 

58. O tempo não apagou (1983)

 

59. Mais que a lei da gravidade (com José Carlos Capinan, 1983)

 

60. Retiro (1983)

 

61. Prisma luminoso (com José Carlos Capinan, 1983)

62. Toada (1983)

 

63. Eu canto samba (1989)

 

64. Quando bate uma saudade (1989)

 

65. Cantoria (com Hermínio Bello de Carvalho, 1989)

 

66. O tímido e a manequim (1989)

 

67. Pintou um bode (1989)

 

68. Timoneiro (com Hermínio Bello de Carvalho, 1996)

 

69. Ame (com Elton Medeiros, 1996)

 

70. Reverso da paixão (1996)

 

71. Dama de espadas (1996)

 

72. Bebadosamba (1996)

 

73. Quando o samba chama (1996)

 

74. Um choro pro Waldir (com Cristovão Bastos, 1996)

 

75. Ainda mais (com Eduardo Gudin, 1998)

 

76. Caso encerrado (com Toquinho, 1999)

 

77. Vou me embora pra roça (Com Mário Sève, 2004)

 

78. Sempre se pode sonhar (com Eduardo Gudin, 2006)

 

79. Talismã (com Marisa Monte e Arnaldo Antunes, 2007)

 

80. Ela sabe quem eu sou (2020) – Música cantada em shows desde 2006, mas lançada em disco somente em 2020

 

Músico completa 80 anos como um dos nomes mais importantes do samba no Brasil.

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